terça-feira, 13 de novembro de 2012

A importância de uma atitude holística



Quem defende uma análise global de uma situação concreta e um entendimento geral dos fenómenos tem uma visão holística da realidade que observa. Na área da saúde, por exemplo, o holismo é uma doutrina que concebe o indivíduo como um todo que não se explica somente através da soma das suas partes, apenas podendo ser entendido integralmente. Nas ciências humanas e sociais, a visão da atitude holística é muito idêntica, pois defende a importância da compreensão integral dos fenómenos e não a análise isolada dos seus constituintes.
E no mundo da comunicação?... Hoje, o profissional de marketing e comunicação deve estar envolvido com tudo o que acontece na organização onde trabalha. Muito recentemente, Mauro Segura escreveu sobre isso no Estado de S. Paulo (ver aqui). Ou seja, um profissional de marketing e comunicação deve ter como uma das suas melhores competências uma visão holística da empresa ou da organização para quem trabalha. Por outras palavras, a um bom profissional de comunicação pede-se que não confunda a árvore com a floresta e que tenha sempre presente a visão da floresta, para que possa entender todas as árvores. No entanto, ele não deve confundir “visão holística” – que tem a ver com um acompanhamento global empenhado em nome do coletivo da organização – com a necessidade de meter o nariz em tudo – procurando obter informação privilegiada para interesse próprio. 
Ao decidir com base numa análise geral, o profissional de comunicação estará em condições para decidir melhor e de envolver o coletivo na visão e na missão da organização. Além disso, a comunicação só será eficaz e bem dirigida se estiver concentrada no gabinete de marketing e comunicação. Para essa eficácia, porém, é fundamental o envolvimento de todos, pois só assim será possível obter a coerência da imagem interna e externa da organização. E quando estamos todos ligados em rede – em que cada funcionário, mesmo no seu período de lazer, pode ser porta-voz da organização no seu contato digital com o cliente –, a necessidade de coerência na comunicação é ainda maior.
Sobre isto, Mauro Segura vai direto ao ponto: “Comunicação externa e comunicação interna precisam trabalhar juntas e alinhadas. Hoje, todos os funcionários são propagadores da marca da empresa, ou melhor, porta-vozes. Por isso, é essencial capacitá-los e torná-los agentes ativos nos programas de marketing e comunicação da empresa.”

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