quinta-feira, 23 de junho de 2011

Os blogues estão bem e recomendam-se


No primeiro “post” deste blogue Comunicação Integrada, escrevi que os meios de comunicação complementam-se. A rádio não matou o jornal, assim como a televisão não matou a rádio, nem a Internet vai matar o jornal, a rádio ou a televisão. Todos os meios têm o seu lugar no sistema mediático e são complementares.
No mundo cibernético em que vivemos é um pouco diferente. Em poucos anos, programas informáticos que chegaram a ser indispensáveis acabaram na “lixeira” em muito pouco tempo, tendo sido substituídos por outros, mais eficazes e com outros atributos. Programas que estiveram na génese das redes sociais, como o Mirc (Internet Relay Chat), o Netmeeting ou o ICQ, que em finais do século XX ocupavam os pioneiros na conversação “online”, são hoje peças do museu cibercultural.
Curiosamente, quando emergiram redes sociais como o Twitter e o Facebook, com as suas capacidades extraordinárias de partilha de conhecimento e informação, houve quem decretasse o fim dos blogues. Ora, os blogues ainda não acabaram, nem deverão acabar. Antigamente, abria-se um blogue para contar como foi o dia, o que se comeu, o que se visitou, "et cetera". Essa informação individual migrou para plataformas como o Twitter ou o Facebook. E os blogues resistiram, afirmando-se agora como uma esfera pública onde os cidadãos expressam ideias e exercem a sua criatividade.
No E-livro “Para Entender as Mídias Sociais”, recentemente editado, que pode ser partilhado gratuitamente a partir daqui, Alexandre Inagaki (na foto), considerado o maior especialista brasileiro em redes sociais, zurze precisamente aqueles que, por várias vezes, já profetizaram o fim dos blogues. Ou não fosse Inagaki o autor do blogue "Pensar Enlouquece, Pense Nisso", vencedor do prémio internacional The BOBs, promovido pelo grupo alemão Deutsche Walle, na categoria Melhor Weblog em Português (2007), e considerado um dos melhores blogues da década, segundo o Portal MTV. Diz Alexandre Inagaki: “Sim, os blogues permanecem vivos, fortes e perseverando por aí: revelando novos talentos, divulgando causas e, principalmente, conectando pessoas afastadas geograficamente, mas unidas através de ideias, ideologias, idiossincrasias e amizades.” Ou seja, os meios complementam-se.

Um comentário:

Meu Gadget disse...

As pessoas vivem querendo adivinhar o futuro, fazendo previsões e as coisas acontecem quase que sem querer.